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27.3.11

A Festa do Indiano Apressado


 Um dia estava em Goiânia e como sempre estava me preparando para preparar um jantar. Normalmente não é problema arrancar da geladeira alguma inspiração, mas a ocasião era especial, um amigo de minha mãe que sempre comparece viria nesse dia, ele é vegetariano, o de verdade - não come frango nem peixe. E também já provou quase todas as minhas idéias meat free. O que me resta pra impressionar ele e sua nova namorada? A ocasião era especial, sempre é, na verdade. Minha mãe tem um livro de comida indiana bem despretensioso, com o qual aprendi a fazer o primeiro de muitos mango chutneys. E de lá foi que as outras receitas saíram.

Tudo muito simples de fazer, inclusive o pão Naan, que vai em outro post porque não me lembro agora a receita.


Bolinhos Fritos de Lentilha.

Para que complicar se o gostoso é fazer tudo mais fácil, né? Os bolinhos de lentilha me impressionaram pela leveza, facilidade e sabor. Pode-se variar o grão, caso dê na telha. O de bico, feijão, favas...

Deixe de molho as lentilhas por 1 ou 2 horas, bla bla bla. Depois, cozinhe numa panela de pressão ou numa panela aberta, se você não tiver apressado. Uns 30 minutos no máximo ( na de pressão), eu até deixaria as lentilhas mais Al Dente, porém não cruas, pra dar uma textura ao morder o bolinho -isso funciona bem na panela convencional.

Lentilhas prontas, ponha num processador de alimentos ou liquidificador ( cuidado donas de casa com o liquidificador de plástico, se a lentilha estiver muito quente, pode derreter o seu aparelho!) até que vire uma pasta. Acrescente  um punhado de coentro fresco ( uma mão cheia), 2 colheres de coco ralado, sal, pimenta e um punhadinho de Dedo-de-moça, gengibre ralado a gosto e para dar a liga, 1 xícara de  farinha de pão e 1 ovo batido.  Deixe gelar por 30 minutos.


Faça a mistura e molde bolinhos bite-size.

Coloque óleo suficiente na panela para cobrir os bolinhos, não precisa exagerar e colocar um litro de óleo - como eu mesma já fiz, inúmeras vezes- de 3 a 4 dedos de óleo dá pro gasto. Somente então, quando o óleo estiver quente, vc irá passar cada bolinho na farinha de trigo, para empanar e imediatamente por no óleo quente. Acontece que se você quiser "facilitar muito" e deixar todos os bolinhos empanados, eles irão absorver a farinha e você terá que empanar novamente,  o que deixará o bolinho com gosto de farinha crua - argh!

Já tá douradinho? Reserve eles numa bandeja com bastante papel toalha.

Molho: se fizer só os bolinhos para servir, o molho é o seguinte: 1/2 xícara de yogurte, um fio de azeite, um punhado de coentro, sal, pimenta e amor.

Mas, caso sirva Raita ( salada de pepinho com yogurte) não faça o molho.

Raita:


A Raita é o tipo da receita 1, 2, 3 :

1- corte os pepinos : cubinhos, raladinho, compridinhos, rodelas.
2- tempere um bowl de yogurte com azeite, sal e pimenta, um punhado de menta e outro de coentro fresco picadinho .Yogurte suficiente para cobrir a porção de pepino.
3- acrescente o pepino, mescle os ingredientes e reserve na geladeira até a hora de servir.


O Meu Mango Chutney esse merece um post só pra ele.

Naan


Esse pão é da hora, muito gostosinho e dá para impressionar os amigos para o jantar, só tem um porém: preprar a massa antes de tudo e só assar na hora, o preparo é um pouco demorado e periga de deixar os amigos morrendo de fome esperando pelo pão ficar pronto....Sabe, aconteceu isso com uma amiga da minha amiga...


Essa receitinha eu vou passar passo a passo mesmo.

4 xic. de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
sal
1 ovo batido
6 colheres de sopa de iogurte natural
9 colheres de chá de manteiga ou ghee derretida ( manteiga clarificada)
cerca de 1 xícara  de leite
3 colheres de chá  de sementes de papoula

Peneire a farinha, o fermento e o bicarbonato numa tigela. Tempere com sal.

Junte: ovo iogurte e 6 colheres de chá de manteiga. Misture aos poucos leite suficiente para uma massa macia. Cubra a tigela com um pano úmido e deixe descansar por 2 horas em um local aquecido (dentro do armário, por exemplo, porque em SP é difícil mesmo!). Preaqueça o forno a 200 graus. Sove a massa em uma superfície limpa e enfarinhada por 2-3 minutos - aqui vai uma dica valiosa : Sempre que sovamos a massa, quando ela começa  a ficar grudenta a gente acha que não vai dar certo e põe mais farinha. NAO FACA ISSO. Apenas continue sovando, com amor, paciência, logo logo o glúten da massa vai dar a liga certa e ela automaticamente vai ficando mais homogênea, lisa e fofa. Mas ps: essas cosias não acontecem da noite para o dia, né? treine, treine, treine.

Depois disso tudo, reparta a massa em 8 pedaços e  reserve.

Abra cada bola em um circulo depois puxe para fazer um formato oval. Pincele com água e ponha na assadeira untada, com o lado molhado para baixo. Unte com a manteiga derretida o lado de cima e salpique com a papoula. Asse de 8-10 minutos até ficar bem dourado.

Coma com a Raita e com o Chutney.

22.9.10

A bruschetta da TV. Queijo de cabra, bacon e rúcula


Esses dias pra trás eu estava vendo um programa de comida na TV e tive a felicidade de aprender a fazer esta bruschetta . Tudo bem, deixando de lado a minha obsessão por bruschettas, esta tem duas coisas diferentes: o Bacon e o seu tamanho. Para uma festa, faça num pão italiano cortado longitudinalmente ( vulgo de fora a fora). A combinação dos ingredientes fazem uma paleta saborosa de cores e as folinhas de rúcula por cima dão um volume de festa cheia e animada.

Os primeiros movimentos são os de praxe: Torrar levemente o pão e passar alguns dentes de alho. Depois passe colheradas generosas de queijo de cabra cremoso, a marca Paulocapri tem uns bem bacanas, é nacional e mais em conta que as francesas.

No segundo movimento, frite as fatias de bacon – Ok, na TV era Pancetta, quem encontrar, pode comprar- e  coloque por cima do queijo.

Pegue alguns tomates maduros, fatie ou corte em cubos bitesize, tempere com sal, pimenta do reino, azeite e aceto balsâmico e jogue por cima dos bacons.

Para finalizar, abundantes folhas de rúcula fresquinha por cima de tudo e um belo zest de limão siciliano e se quiser, mais um pouco da tríade ( sal pimenta azeite), caso precise.

Como podem ver, na foto eu estava acompanha, não só do formigão mas de um vinho branco bom e honesto: Santa Helena.

Valeu cada mordida!


2.9.10

Topping para Bruschetta: Cogumelos e Ricota

Cogumelos com ricota:

Tempere a ricota com sal, azeite, pimenta, casca de limão ralado ,suco de meio limão e queijo parmesão ralado. Reserve. Pegue os cogumelos – usei shitake, mas pode ser portobellos ou outros de sua preferência e assuste na frigideira com um pouco de azeite e alho. Quando o pão estiver torradinho, coloque um leito de ricota e por cima os cogumelos. Leve ao forno tempo suficiente para derreter o parmesão e dar uma última gratinada nos cogumelos.

Pan Tumaca, no más!


Pan tumaca é, pura e simplesmente, pão com tomate. Esse se faz assim, num piscar de olhos:

Para puristas, bastas ter uma bela fatia de pão torrado e nela esfregar com amor um tomate bien maduro. Por cima  sal, pimenta e um zest de azeita e para completar de uma forma maravillosa, uma bela fatia de presunto cru.

Feche os olhos e abra a boca.

Para os nem tão puristas assim, vale ralar uns três tomates maduros no ralador grosso,  temperar com a tríade sagrada e levar a mesa acompanhando as torradinhas aromatizadas com um tanto de alho, esfregado, por cima e os presuntos crus fatiados.

Impressiona no pic nic e traz lembranças de mar e brisa quente.

Vinho branco gelado ou tinto suave.

E dále con el pan!



31.8.10

Tortilla Espanhola, para desbravadores.



Aqui escrevo uma receita básica de tortilla, mas que pode sempre ser mudada. O clássico é com batatas e cebola, mas vale de tudo um pouco, como omeletes.

 Para se fazer uma tortilla, existe algumas exigências prévias na cozinha: Uma frigideira de bordas altas e certo corrones. Já explico porquê.

Apesar de ser algo bem simples de se preparar, é preciso ter paciência e auto controle para não desesperar e achar que ela nunca vai realmente cozinhar por completo. Uma boa tortilla é fácil, porém, demoradinha.

Para uma frigideira grande ( a grande básica), 12 ovos, 3 batatas medias inglesas e 2 cebolas. As duas últimas em rodelas de meio centímetro. Bata os ovos num bowl, acrescente sal e pimenta e reserve.

Agora, o momento critico: Com a frigideira ainda fria, coloque as rodelas de batata, cobrindo todo o fundo dela, acresça azeite suficiente para deixar elas literalmente “banhadas”, ligue o fogo, chama baixa, e deixe que o calor do azeite cozinhe lentamente as rodelas de batata. Isso mesmo, cozinhe. Não tente aumentar o fogo pois vai fritar as rodelas e as chances de você ter que começar do zero são altas.

Quando sentir com um garfo que elas estão suculentas, acrescente as rodelas de cebola por cima e por mais uns momentos, espere até que elas também fiquem tenras.

Depois que as batatas e as cebolas estiverem assim, deliciosas, jogue os ovos por cima e com uma espátula, mexa suavemente o conteúdo da frigideira para os que os que a mistura fique regular e envolvendo tudo.

Nessa hora, pode aumentar um pouco a chama. Você vai perceber que a tortilla começa a cozinhar de fora pra dentro, não se preocupe se queimar um pouco as bordas, é natural. Com a espátula, vá soltando as laterais grudadas e as vezes ( dica caseira) faça furinhos na tortilla para que o ovo cru desça e cozinhe também.

Quando ela estiver homogênea – vai sempre sobrar uma “babinha” de ovo, mas que vai estar uma delicia-  desligue o fogo.

Virando a tortilla:

Agora é a hora dos corrones: se não tiver um prato largo, do tamanho da frigideira, use uma forma de bolo redonda, e desse modo, vire a tortilla nele, para depois virar novamente no prato de sua preferência. Se a frigideira for uma daquelas lindas, leve à mesa como está.


Acompanhe com uma salada verde.
Fotos: Orlando Lemos




Sangria da boa

Ainda na onda espanhola e agora que o tempo anda realmente louco, é sempre bom aproveitar os dias de sol pra variar o duo cerveja/caipirinha.

Uma bela sangria sempre faz a diferença, tão simples, fresca e colorida, pra comemorar a primavera ou pra adoçar os fins de tarde esparramado na grama.

Para compor a maravilhosa bebida, frutas das estação, muito doces ou algumas ácidas, contrapõe o gosto de um vinho barato, puxando o adstringente.

Vale quase de tudo: pêssegos maduros ou em lata, laranjas, melão, maçãs, uvas, morangos...

Para um litro de vinho barato, pero no mucho, um copo de suco de laranja bem docinha, açúcar e o toque final – Não, não é cointrau nem frangélico, mas sim canela.
Ah, canela?
É, faz parte da versão original da sangria valenciana e dá um toque terroso.

Servir ultra gelada.

Dica: quando fiz a minha sangria, usei um vinho nacional, ele é bem seco e tem gosto daqueles vinhos de São Roque, porém, com uma vantagem: Orgânico.
Quando lembrar o nome, aviso.

Foto: Orlando Lemos

26.7.10

Tapioca: entre a dor e a delícia

Existem dois tipos de tapioca, a feita com amido de mandioca, ou seja, polvilho azedo e a de farinha de tapioca que é o polvilho tratado à moda indígena, uma farinho grossa que também serve pra muitas outras receitas, e que vem naquela embalagem com a Yemanjá ilustrando.

Essa versão exige umas boas horas de paciência, pois para hidratá-la demora mais ou menos 12 horas. A versão do polvilho azedo, é Express e demora 5 minutos pra fazer.

Agora fácil mesmo é ir no mercadão ou numa casa do norte e comprar a goma pronta, hidratada.

Eu faço a tapioca de polvilho azedo, mas confesso que antes, muito antes de eu conseguir molhar o polvilho corretamente, houve um longo caminho de muitos erros, gomas muito úmidas, pacotes inteiros no lixo e coadores em frangalhos.

Mas onde não há suor, não há glória.

Coloque numa vasilha uma xícara de polvilho azedo, uma pitada de sal, um fio de óleo. Numa outra vasilha, coloque água. Com tudo a postos, começa o momento que precisa de atenção, intuição e um tato delicado.

Na mistura de polvilho vá colocando colheradas de água, e com a outra mão fazendo movimentos de farelinho ( sabe quando a gente faz castelos de areia?), misturando a água ao polvinho. Se perceber que a massa vai ficar muito úmida, pare de acrescentar água e continue mexendo, a textura correta deve ser um farelo grosso, ao apertar as bolinhas do farelo na mão ela não pode virar uma pasta e sim um farelo fino. Deu pra entender? A tempo de corrigir, acrescente mais polvilho.

Você vai saber que a mistura deu errado se o polvilho começar a formar uma massa grossa, grudenta. Dai, é recomeçar do zero.

Quando a misture estiver pronta, separe uma panela de teflon e um coador de furos médios, pode ser o de plástico, mas dê preferência para o de metal, que é mais resistente à colher.

Ligue o fogo em chama media, e coloque uma porção de mistura no coador; com uma colher, como fazemos com suco de laranja, coe a mistura na panela. Eu prefiro tapioca fina, há quem goste da grossa.

Quando cobrir toda a frigideira, o calor vai fazer com que a goma se forme e una, fazendo uma panquequinha, se for comer recheada, ao perceber que está ficando dura, acrescente o recheio e com a ajuda da colher feche um dos lados, como um pastel. Espere mais um pouco e vire para cozinhar o outro lado.

No prato, uma generosa quantidade de manteiga é bem vinda por cima.
Vale recheio de tudo, queijo, leite condensado, goiaba... A próxima receita que se segue é a de abóbora com carne seca.

Aproveitamento Integral: Tapioca recheada com purê de abóbora paulista com casca e carne seca.


Essa combinação de abóbora e carne seca serve pra tudo, desde torradinhas numa festa a recheios de tapioca e de ravioles.

A carne seca exige um pré preparo básico para dessalgar a carne. Se ela não for muito salgada, pode colocar na panela de pressão com água suficiente para cobrir, depois que a panela começar a fazer a pressão, deixe por 15 minutos. Quando der pra retirar a carne, prove, se ainda estiver salgada, faça mais uma ou duas cocções numa panela normal, para terinar de dessalgar e deixar ela mais macia.

Terminado este processo, corte em pedaços grandes, e manda bala no liquidificador, ela vai soltar em fiapos. Reserve.

Para o purê o único segredo mesmo é colocar muita manteiga, dica dos franceses. A manteiga deixa consistência mais homogênea, saborosa e cremosa. Essas calorias extras valem a pena.

Para uma receita que use um pacote inteiro de carne seca, use um quarto de abóbora que picada em pedaços grandes deve ser cozida com casca até ficar mole. Depois faça o purê dela como preferir: no garfo, na maquina de purê, no processador, no liquidificador.

Purê pronto, refogue em outra panela uma cebola inteira picada, acrecente o purê e mexa mais um pouco, em seguida, sempre mexendo vá acrescentando aos poucos a manteiga, sem medo, vai meia barra. Corrija o sal e acrescente pimenta do reino e o que mais bater na sua inspiração.

Na tapioca ainda na frigideira, acrescente uma colherada do purê e um tanto de carne seca. Vai do gosto de cada um.

Eu gosto bem recheada, bojuda, escorrendo nas mordidas.

Lá em casa eu vi gente sair no tapa pra comer as últimas tapiocas.


Foto: André Mantelli

23.7.10

Aproveitamento Integral: Torradinhas de Banana com casca e Queijo Coalho

 
Essa é uma rapidinha que dá super certo, a casca da banana fica macia e saborosa, na minha casa acharam que era chocolate!

Compre pão de forma, um cacho de banana prata e uma embalagem de queijo coalho.

Corte a torrada em cubos, as bananas em rodelas com casca e o queijo coalho em fatias de meio centímetro.

Monte a torrada com o queijo em baixo e a banana em cima, coloque no forno pra assar tempo suficiente para que o pão torre e a banana fique mole.

Finalize com melaço de cana.

Super delicinha.

13.7.10

Queijo de Cabra quente com crosta de Canela e Gergelim

O queijo de cabra é um dos meus preferidos, não é a estrela do meu prato, mas, por ser fácil de achar em quase todos os supermercados, acabo sempre cedendo a sua doçura. A leveza deste queijo é perfeita e combina fácil com muitos pratos que exigem uma combinação sutil e temperos moderados.

Existem inúmeras marcas e qualidades de queijo de cabra, de preferência aos queijos mais macios ao toque, às vezes, querendo economizar, podemos acabar com uma fatia de borracha no prato.

Aqui vai uma receita muito simples e diferente, bacana pra servir aos amigos ou pra reacender uma paixão. A força e o picante da canela com o salgadinho do gergelim, além de dar textura e cor, deixa o sabor do queijo de cabra mais alegre e bem equilibrado.

Se o queijo vier na forma de tubinho, corte ele em rodelas e reserve, se vier redondo, corte ele em quatro, ou em pedaços pequenos. Muito cuidado quando for cortar, por ser muito frágil ele pode desmontar inteiro na sua mão. Para que ele crie mais firmeza, antes de fazer este procedimento, coloque por alguns minutos no freezer.

Em seguida, num prato raso, coloque a canela em pó e o gergelim e misture bem os dois, com cuidado, pegue seus pedaços de queijo e vá empanando com a mistura, até que ele seja coberto por inteiro.

Se tiver um forninho elétrico ou um forno que grelhe, melhor, se não, coloque a temperatura do forno bem alta, uns 15 minutos antes. Quando terminar de empanar, coloque no forno e deixe por aproximadamente 5-8 minutos, para que ele esquente e doure levemente por fora.

Sirva com torradas e vinho branco.

10.5.10

Festa em 4 Tempos

É muito comum chegar em festas e ter aquele enorme sanduíche de metro com um recheio de sabor nulo e um pão completamente úmido esperando ser comido. Intermináveis potes com castanhas e batata chips, guacamole, patê de azeitona, tudo meio já pronto, já comprado ali, na padaria do lado. Não estou desmerecendo estes produtos, porém, acredito que uma festa para alguns amigos merece algo de mais especial, porque, todo o resto, pessoas e bebidas já estarão por lá, agora, quando alguém se propões a cozinhar alguma coisa e oferecer aos amigos, de alguma forma se torna um tipo presente. Um pequeno agrado aos convivas ali presentes.

Pra quem tiver paciência para cozinhar, existem vários tipos de pequenos pratos fáceis de fazer, é claro que isso irá tomar um tempinho, dependendo do que for servido, mas o esforço é sempre válido e a festa fica com uma cara mais pessoal.

No fim de semana eu preparei quatro pratos, diferentes uns dos outros para serem servidos no aniversário de minha prima. Foram estes: palitos de aspargos com presunto cru, patê de berinjela com cúrcuma, manjericão e coentro; espetinhos de frango com pimentão e pimenta biquinho e petiscos de massa folhada com mix de cogumelos.


Espetinhos de Frango


Quando for preparar os espetinhos de frango é legal deixar eles marinando de um dia para o outro, assim o tempero tem tempo para penetrar bem na carne. Eu usei uma bandeja inteira de frango, aproximadamente um quilo de peito e 3 pimentões, pode-se colocar outros vegetais nos espetos. Corte os pedaços de frango em cubos, bite-size, faça o mesmo com os pimentões e reserve em uma bacia.

Para a marinada foi usado 3 dentes de alho amassados com sal, curry, e manjericão fresco e uma boa quantidade de azeite de oliva. Ponha tudo num macerador e triture até que todos os ingredientes estejam bem misturados. Misture ao frango e deixe na geladeira até a hora em que for realmente grelhar.

Use os espetinho de churrasco para fazer este petisco, coloque dois cubos por porção, intercalando com os vegetais, use as duas extremidades do espeto pois ele será quebrado ao meio, formando dois espetos menores. Quando todos estiverem pronto, grelhe numa frigideira grande e bem quente com um pouco de azeite. No final, orne a ponta do espero com uma pimenta biquinho. Uma dica: não coloque a pimenta na marinada e nem quando for grelhar o frango, com o calor, as sementes soltarão o óleo da pimenta que dá a ardência, podendo deixar o frango um pouco picante demais.



Patê de Berinjela


Esta receita eu usei do Jamie Oliver, mas algumas variações. 6 berinjelas dá para fazer duas porções bacanas de patê. Se colocar um pouco de pasta de gergelim, vai parecer com o babaganush árabe.

No forno pré aquecido, coloque as berinjelas para assar, fechadas. Para que não aconteça de elas explodirem dentro do forno, faça uma pequena incisão em forma de cruz na ponta oposta ao talo. Deixe assar por uma hora para que a polpa dela fique bem cozida.

Quando sentir com um garfo que está macia por dentro, retire elas do forno e abra ao meio, com cuidado, para não se queimar, use uma colher para recolher o miolo, que deve estar fácil e solto. Coloque então a polpa num liquidificador com um fio de azeite, 2 dentes de alho, sal , pimenta e pitadas de cúrcuma e bata até que fique uma pasta homogênea. Há a possibilidade de fazer isso tudo não, para que se preserve as sementes, se for feito assim, macere o alho com um pouco de sal e azeite antes e adicione ao patê. No final de tudo, use o suco de 1 ou 2 limões para que a berinjela não escureça de mais. Antes de servir, pique um punhado de coentro, manjericão e salsinha e jogue por cima.




Palitos de Aspargos com Presunto Cru

Fácil de fazer e super sexy, os palitos de aspargos impressiona qualquer um, tanto pela simplicidade do preparo quanto pelo sabor. Use de preferência um presunto cru bom e peça para ser fatiado bem fino, aqueles que se compra pronto normalmente vem um tanto grosso e fica difícil de enrolar nos aspargos depois.

Primeira coisa a se fazer é cozinhar os aspargos em banho maria, durante uns 5 minutos, quando estiverem tenros o suficiente, corte o processo de cozimento deles afogando os pequenos numa bacia com água e gelo. Na seqüência, enrole com cuidado as fatias de presunto no corpo do aspargos, deixe o broto da ponta aparecendo para ficar bonitinho.

Quando todos estiverem prontinhos, pegue uma frigideira e esquente com um fio de azeite, assim que quente, com muito cuidado para não desenrolar os presuntos, coloque os palitos na frigideira.

A idéia é dar um susto, de modo que a gordura do presunto derreta um pouco e o seu sabor se misture com os aspargos. O presunto vai grelhar bem pouco, é pra ficar meio roseado, mas não frito. Quando o presunto cru é aquecido ele perde um pouco da resistência das fibras da carne de modo que será travada uma luta toda vez que se der uma mordiscada no aspargos, o presunto vai se desfazer junto. Se alguém gemer de prazer, não se assuste.

Petisco de Massa Folheada com Mix de Cogumelos


Esse prato é um pouco mais demorado porque exige alguns fornos, como no nosso caso de reles mortais que não possuímos aquele forno industrial. De qualquer forma, sempre impressiona uma massa folheada, que no geral, as pessoas pensam serem somente possível de comer em festas e coquetéis chiques.

Antes de mais começar, já aqueça o seu forno a 200 graus.

O meu mix de cogumelos foi shitake e portobello, para fazer 40 torradas, foi usado 3 caixas de cogumelos. Bem picadinhos, colocar em uma travessa e regar com a seguinte mistura batida num processador: 3 dentes de alho, azeita, sal, pimenta do reino, e pimenta dedo de moça ( sem sementes) bem picadinha que é melhor acrescentar na segunda etapa. Depois de verificar que todos os cogumelos foram tocados pela misture, coloque no forno pré-aquecido a 180 graus por aproximadamente 30 minutos. É natural que solte uma água e se forma um pequeno lago, por isso que assamos sem papel alumínio

Use aquela massa folheada que vem em rolo e siga as instruções da embalagem. Se a sua pia for de mármore, melhor ainda. Desenrole a massa no mármore e com uma faca corte em quadrados, não sou boa de número, mas o tamanho deve ser suficiente para uma colherada de chá cheia de cogumelos. Fica a seu critério.

Forre uma assadeira com papel manteiga e assim que cortar toda a massa, com delicadeza – pois ela tende a ficar bem mole elástica - disponha os quadradinhos na forma. Neste momento, o forno deve estar bem quente. Com uma colher, coloque porções dos cogumelos na massa e imediatamente ao forno. Não deixe a próxima leva de petiscos pronta para ir ao forno, a água do cogumelo vai penetrar na massa folheada e ela não vai crescer, ficando dura e furada embaixo. Vai por mim. Prepare uma leva por vez, antes de assar. O tempo no forno é de aproximadamente 20 a 25 minutos.

Quando retirar, espere esfriar um pouco , se quiser, salpique o acepipe com salsinha e cebolinha.